quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Relato 2 - Luciana (Padre Caetano)

Na aula de hoje discutimos a diferenciação entre grafite e pichação, a partir da leitura do texto de Ana Lucchi. Fiz uma seleção de partes do texto, peguei trechos que sugerissem problematizações com a turma. Também levei a lei Nº 9.605, Art. 65 - que é a usada contra os pichadores - para refletirmos.

Gostei da intensa participação dos estudantes com a temática. Espero que continuem assim.


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Pichação ou grafite? Tire suas dúvidas e conheça um pouquinho dessa história, por Ana Lucchi.

Disponível em <http://www.almanaquedoadolescente.com.br/2009/04/01/ pichacao-ou-grafite-tire-suas-duvidas-e-conheca-um-pouquinho-dessa-historia/>

Pichação é escrever em muros, paredes e postes, através de palavras cifradas, que juntas formam um alfabeto excêntrico e pouco legível, em geral evidenciam habilidade em escrever esses símbolos, mas sem preocupação plástica e está associada a vandalismo e marginalidade, não há como negar.
A pichação também é utilizada para demarcação de territórios entre grupos.
Na Idade Média, padres pichavam os muros de conventos rivais no intuito de expor sua ideologia, criticar doutrinas contrárias às suas ou mesmo difamar governantes.
Em outubro de 2008, uma jovem foi presa, por pichar as paredes internas do 2º piso do prédio da Bienal Internacional de Arte de São Paulo. A jovem, de 23 anos, ficou presa por mais de 50 dias.

Em geral, a convivência entre grafiteiros e pichadores é pacífica. Muitos grafiteiros foram pichadores no passado, e os pichadores não interferem sobre paredes grafitadas.
O grafite traz suas raízes na Roma antiga, lá os cidadãos também escreviam em muros e nas suas próprias casas em forma de manifesto e também de protesto.
Numa leitura mais contemporânea, aparece associado à cultura hip hop e ao break, das gangues e guetos de Nova York.
Em São Paulo, aparece no final da década de 70. Hoje em dia os grafites brasileiros são reconhecidos entre os melhores do mundo.
Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX.
O grafite, assim como a pichação, reflete a realidade das ruas.

Um comentário:

  1. Creio que o grafite e a pichação são manifestações que dizem muito do nosso tempo, da maneiras como vemos os nossos dias, como nos relacionamos, como sobrepomos imagens, ideias, diálogos, tudo ao mesmo tempo e em concomitância.
    abraço
    marilda

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