quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Docência X Invenção de Hugo Cabret - Luana, Deise, Jonara.


"O que me surpreende em nossa sociedade é que a arte só tenha relação com os objetos e não com os indivíduos ou com a vida. A vida de todo indivíduo não poderia ser uma obra de arte?" (Foucault)



"Foucault tentou mostrar que estamos nos modificando para alguma coisa que não sabemos
ainda o que é. Na discussão atual sobre uma nova estilística da existência, a ascese deve ter um
importante papel para que cada indivíduo constitua a sua própria ética, num caminho de criar
novas formas de vida, sem a normatização de um modo de existência.
Para compreender uma estética da existência é preciso ter coragem, deslocar-se, não
permanecer o mesmo. Temos que conseguir pensar o que esta aí, mas invisível, para pensar o que
não se pensara antes. Teoricamente é necessário romper com a idéia que o indivíduo nos é dado,
para ao contrário pensar que precisamos criar a nós mesmos. A escolha pessoal da forma de viver, tornar-se ético na base de uma estética da existência
se produz no âmbito das experiências, onde algumas escolhas são possíveis outras não. Não se
trata, portanto de um esteticismo fantasioso. A base esta justamente na crítica dos domínios de
saber e dos dispositivos de poder que condicionam nossa experiência e delimitam as
possibilidades da época, as quais não são necessárias, nem imutáveis, e mostram os lugares de
transgressão possíveis. A crítica de nossa época e do próprio eu, como um cuidado consigo, um
inquietar-se, é ao mesmo tempo prática de si e deslocamento de limites, modo de experimentação
de uma  estética da existência."  (SILVA, Stela. p. 7-8)

SILVA, Stela Maris da. A vida como obra de arte. Faculdade de Artes do Paraná. 2001.


A relação que fizemos com o filme "A invenção de Hugo Cabret", nos motivou a pensar neste trecho do artigo que nos questiona frente a uma frase de Foucault, a vida como obra de arte, ou seja, múltiplas relações sobre como nos posicionamos enquanto docentes e aprendizes, inventores de caminhos frente a interrogações e mistérios em sala de aula, sendo assim artistas do percurso e criadores da própria trajetória. 
Podendo assim, nos inventar e reinventar a partir de escolhas e de trajetos não escolhidos, mas caminhar com as surpresas e mistérios que nos atravessam pelo percurso. 





Um comentário:

  1. Olá meninas,

    Apenas uma correção. A vida como obra de arte é uma escrita do Nietzsche e não do Foucault.
    abraço
    marilda

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