terça-feira, 20 de novembro de 2012

Desabafo pós "Rafael"...

Hoje depois que sai da aula de estágio (um pouco antes de acabar), fiquei pensando sobre os diários dos colegas e as aulas, como cada um se envolve e se comporta. Mas confesso que fiquei triste... Não por achar que passo por coisas diferentes do que todos os outros, mas fiquei muito impressionada da forma como o Rafa se colocou em relação a 'escola'. É quase uma decepção.(Digo decepção, pois em muitos momentos parece que não temos nada a nosso favor. O que nos ajuda a ficar aqui? Permanecer na docência? Nem a instituição escolar pensa em quanto é grande esse esforço, essa pesquisa...). As vezes me sinto perdida, perdida por achar que não estou fazendo a coisa funcionar muito nos "conformes". Ou por achar que não tenho vocação (como a Jonara comentou). Ouvindo os colegas sobre alguns probleminhas em sala de aula, me deu medo, medo de faltar essa vocação, pois em dois anos que já estou em sala de aula, nunca precisei agir fora do meu comum (pq sempre tive turmas muito tranquilas), mas agora penso, e quando não forem? Quando não forem tranquilas? Quando existir a violência, o desrespeito, um descaso maior? Como vai ser? 
Estou me esforçando para acreditar e atribuir esse desamino de hoje ao cansaço... O calor... E sempre aproveitar o máximo desses encontros (aprendizados) com os colegas... Pois é dessa forma que vamos nos descobrindo, e descobrindo do que somos capazes...

Só um desabafo...

Ana Cláudia. 

6 comentários:

  1. Penso que esse teu questionamento é a coisa mais comum neste momento. Note que nenhum colega até agora disse que quer ser professor convictamente. Todos estão inseguros, ou querem algo diferente da escola tradicional.
    Por tudo que a gente ouviu, vê e sabe, (inclusive o curso com o professor Leonardo) eu acredito que a escola "normal" vai implodir e vão começar novos meios de ensino.
    Não é crime querer mudar, se você achar que não serve para você esta profissão, troque. Com naturalidade você vai perceber o que te faz feliz, e eu só aconselho as pessoas fazerem o que as fazem felizes. É o primeiro passo para a prosperidade em todos os níveis. Mas, se te serve de consolo, uma colega minha dizia que não ia ser professora NUNCA, que queria apenas se formar. Quando ela relatava as aulas no estágio (penso que com uma falta de ânimo) e os colegas a questionavam, a professora Marilda mediava dizendo "calma, gente, ela não vai dar aulas". Hoje, ela é professora de uma faculdade na região que mora. Não por falta de oportunidades, pois ela teve outros empregos antes, mas se encontrou - finalmente - como professora. Vai entender...

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  2. Concordo com tudo o que colocou Lu, mas a respeito dessa sua amiga que hoje é professora, você mesmo destaca, hoje professora de Universidade, desculpa mas em relação a educação básica, são universos diferentes... nas conversas que tenho com alguns colegas, quando nos colocamos na posição "vou ser professor(a)", é exatamente no contexto Universidade que pensamos. (Jonara)

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  3. é como Marilda disse... tem que amar... e penso que realmente no contexto atual tem que amar mesmo... mas não um amor próprio, mas amor ao outro, ao estudante. Dedicar sua vida a do estudante e tentar de alguma forma mostrar que sempre há escolhas na vida. Não estamos condicionados a nada, nos deixamos ser no momento em que desistimos por N fatores... Mas se você quer dedicar sua vida a fazer a diferença na de outros... então creio que valha a pena. (by mau)

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  4. Vejo a docência como outras profissões,temos momentos significativos e considero esses bem mais presentes, no entanto, são as ações, os acontecimentos da ordem negativa que ficam mais marcados, que sobressaem e nos provocam esse desconforto. Mas, também sou da opinião de quem escolhe ou é escolhido pela docência tem mma profissão encantadora e, retomando uma fala da professora que pesquisei em minha dissertação, quando falo das mazelas da educação a mesma comenta: desistir jamais, jamais.
    abraços
    Marli

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  5. Penso que a docência é uma profissão como qualquer outra, com momentos mais e menos difíceis, mais e menos felizes. Nem todo mundo pode ser professor, ainda que alguns queiram. É preciso fazer por merecer. Falo de professor que faz a diferença onde atua. Profissionais medíocres há e haverá em todas as áreas. Temos que lutar para não ser um deles. Situações problemas nos espaços acadêmicos e escolares existem sempre e todos nós vivemos, a diferença reside em como lidamos com isso. Bem vindos a docência em artes visuais! Lembrem-se do que repito sempre: chegar todos chegarão na linha de chegada(graduação)a questão é, como quero chegar? (qualidade)
    bjo
    marilda

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  6. Olá Ana Claudia!
    As palavras do comentário da Marilda me fizeram lembrar de um projeto que participei no SEBRAE. Entrevistamos mais de 100 empresários em Santa Maria, durante um ano. Todos, sem exceção, reclamaram da falta de incentivo do governo, da crise, dos funcionários e dos concorrentes. No entanto, todos também relataram a alegria em trabalhar, proporcionar empregos e ter contato com o público. Penso que em todas as profissões iremos nos deparar com momentos de tristeza, decepções e crises. Mas, também, essas mesmas profissões oferecem momentos de alegria, satisfação e prazer.
    Para quais situações estamos lançando nossos focos de luz e dando mais importância? Por quais nos deixamos influenciar? Esses questionamentos só podem ser respondidos por nós mesmos, pois ninguém pode fazer isso por nós. Desejo uma ótima semana. Abraços, Vivien.

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