segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Relato - Carin



Estou trabalhando com uma turma 112 de primeiro ano do ensino médio no Colégio Coronel Pilar, nas primeiras aulas conversamos sobre arte, conceitos e linguagens, e cultura, como influência nossa vida e pode ser fonte de reflexões em sala de aula. Em um primeiro momento os estudantes se mostraram muito interessados, comentando os temas e participando das aulas, mas ao trabalhar com três textos impressos (http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=16&id_subtema=1)  a reação não foi positiva, muitos acharam cansativo e não se interessaram muito em participar, talvez por trabalharmos em grupos propondo que construíssem uma síntese em casa. Na aula seguinte ao conversarmos sobre os textos, estes já não existiam, com exceção de alguns, e acabou sendo mais uma explanação minha, com pouca participação dos estudantes, talvez em uma próxima aula ao trabalhar com textos a abordagem deva se dar de outra forma, mais dinâmica e que aconteça em sala de aula.
Fiquei muito feliz com um texto entregue por um dos grupos, com uma boa síntese do que conversamos em aula.
"Houve uma revolução muito grande na arte ao passar dos anos. Nos dias de hoje existem várias formas criativas possiveis de fazer, criar arte. Cultura é algo que todo lugar deve ter. A cultura revela muitas características do lugar. Um país pode ter cultura diferente de outro e as cidades também. Todo lugar precisa ter cultura, algo que o marque, que mostre o que há de bom. Hoje em dia a arte ainda tem seu valor, mas não é a mesma de antigamente. O destaque na arte hoje é grafite, formas de expressão através da arte." Matheus Dutra, Matheus Bittencourt e Eduardo.
Percebo que a turma se cansa muito facilmente das propostas, com o texto e também na aula seguinte, com a proposta de produção de uma visualidade a partir da questão que surgiu com a discussão dos textos, "se a arte é intrepretação do mundo, qual é a sua?", em um primeiro momento os estudantes estavam muito entusiasmados com a realização do trabalho prático, um pedido deles, mas que por ser um processo longo que levou cerca de três aulas, nas últimas aulas eles já se mostravam desinteressados e agitados. Cada turma tem seus dias mais agitados ou não, e acho que pode ser bem melhor se eles estiverem participativos, mas talvez nas próximas aulas eu tenha que propor trabalhos mais dinâmicos e ágeis, que deem conta das necessidades da turma, para que os estudantes estejam envolvidos com as propostas das aulas.
Algumas fotos da turma trabalhando com o jornal.





3 comentários:

  1. Oi Carin! Vendo tu falar sobre tuas aulas, me vi em muitos momentos (passados e presentes)... Também tenho essa sensação de que muitas vezes as aulas precisam ser mais dinâmicas, ou que precisam de um animo... E o motivo disso ocorrer é exatamente o que tu comentou, que algumas propostas se 'arrastam' por muitas aulas e acabam ficando... assim... meio mornas... Temos que estar sempre atentos... Tentar mudar, pensar... agir de alguma forma pra não cair novamente nesse marasmo...

    Abraços, Boa semana!

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  2. Pois é Ana Cláudia tenho que me policiar ao menor sinal de caras enfadonhas, utilizar a lei dos vinte minutos hehe, e logo trocar de linguagem, de recurso, até porque algumas vezes nós também não estamos bem, ou então os estudantes, acho que isso faz parte, é preciso aprender com estas circunstâncias sempre mutáveis do ambiente da sala de aula.
    Abraços, Carin.

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  3. Carin, creio que todas as questões que levantas são muito importantes pois dão conta da reflexão do teu processo formativo. Desconfiar e estar atenta é sempre uma forma de revernos.
    abraço
    marilda

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